Módulo 02

DIREITOS HUMANOS, DIVERSIDADEHUMANA E SERVIÇO SOCIAL
Parte 02: O Brasil da atualidade: Do que se trata? Desvendar a realidade para defender o projeto de formação profissional
Ementa: Direitos Humanos e Diversidade Humana e os limites da emancipação política. Concepção de Direitos Humanos e Diversidade Humana em uma perspectiva de totalidade. Auto organização dos sujeitos no capitalismo contemporâneo e emancipação humana. Direitos Humanos e Serviço Social.

Eixo 01: Caracterização teórico-política do momento no Brasil; repercussões sobre orçamento, instituições democráticas e sociais.

Eixo 02: Distintas abordagens possíveis sobre a crise do capital; reacionarismo, em disputa com o conservadorismo no Brasil e em alguns locais do mundo; impactos conjunturais para o campo dos direitos humanos.
Novos vídeos em breve!

Conteúdo Central do Módulo

Caracterização teórico-politica do momento no Brasil. Repercussões sobre orçamento, instituições democráticas e sociais
Distintas abordagens possíveis sobre a crise do capital, reacionarismo em disputa com o conservadorismo no Brasil e em alguns locais do mundo, impactos conjunturais para o campo dos direitos humanos

Conteúdo complementar ao Módulo

Análise crítica do projeto conservador em curso no mundo e no Brasil

Filmes de Referência

SOS Sicko. (Michael Moore, 2007) Sinopse: Um painel do deficiente sistema de saúde americano. A partir do perfil de cidadãos comuns, somos levados a entender como milhões de vidas são destruídas por um sistema que, no fim das contas, só beneficia a poucos endinheirados. Ali vale a lógica de que, se você quer permanecer saudável nos Estados Unidos, é bom não ficar doente. E, depois de examinar como o país chegou a esse estado, o filme visita uma série de países com sistema de saúde público e eficiente, como Cuba e Canadá..
Um ato de coragem. Sinopse: John Q. Archibald (Denzel Washington) é um homem comum, que trabalha em uma fábrica e vive feliz com sua esposa Denise (Kimberly Elise) e seu filho Michael (Daniel E. Smith). Até que Michael fica gravemente doente, necessitando com urgência de um transplante de coração para sobreviver. Sem ter condições de pagar pela operação e com o plano de saúde de sua família não cobrindo tais gastos, John Q. se vê então numa luta contra o tempo pela sobrevivência de seu filho. Em uma atitude desesperada, ele então decide tomar como refém todo o setor de emergência de um hospital, passando a discutir uma solução para o caso com um negociador da polícia (Robert Duvall) e com um impaciente chefe de polícia (Ray Liotta), que deseja encerrar o caso o mais rapidamente possível..
A onda (2008). É um filme alemão dirigido por Dennis Gansel e estrelado por Jürgen Vogel, Frederick Lau, Jennifer Ulrich e Max Riemelt. É inspirado no livro homônimo de 1981 do autor americano Todd Strasser e no experimento social da Terceira Onda, realizado pelo professor de história norte-americano Ron Jones. O filme foi produzido por Christian Becker para a Rat Pack Filmproduktion. O filme se passa numa escola da Alemanha, alunos tem de escolher entre duas disciplinas eletivas, uma sobre anarquia e a outra sobre autocracia. O professor Rainer Wenger (Jürgen Vogel) é colocado para dar aulas sobre autocracia, mesmo sendo contra sua vontade. Após alguns minutos da primeira aula, ele decide, para exemplificar melhor aos alunos, formar um governo fascista dentro da sala de aula. Eles dão o nome de "A Onda" ao movimento, e escolhem um uniforme e até mesmo uma saudação. Só que o professor acaba perdendo o controle da situação, e os alunos começam a propagar "A Onda" pela cidade, tornando o projeto da escola um movimento real..
A primeira pedra (2018). Filme dirigido por Vladimir Seixas. Documentário investiga a onda de linchamentos no Brasil e mostra como essa violência praticada muitas vezes por pessoas que se consideram “cidadãos de bem” tornou-se cotidiana..
Bacurau (2019). Escrito e dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Produzido por Emilie Lesclaux, Saïd Ben Saïd e Michel Merkt O título do filme é o apelido do último ônibus da madrugada no Recife, e a origem do nome vem de uma ave de hábitos noturnos comum nos sertões brasileiros, que era chamada pelos povos tupis de wakura'wa. Num futuro próximo, Bacurau, uma pequena cidade brasileira no oeste de Pernambuco, lamenta a perda de sua matriarca, Carmelita, que viveu até os 94 anos. Dias depois, seus habitantes aos poucos percebem algo estranho acontecer na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam pela primeira vez na cidade com planos de exterminar toda a população ali residente, carros são atingidos por tiros e cadáveres começam a aparecer. Os habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Resta identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa..
Dedo na ferida (2017). Direção por Silvio Tendler e produzido por Maycon Almeida aborda o sistema financeiro e suas contradições, o documentário faz um questionamento a respeito de um dos principais discursos das autoridades financeiras: de que não podemos gastar mais do que arrecadamos. Através de diversas entrevistas, é composto um panorama de como o capital pode influenciar a política, os governos e a vida cotidiana de qualquer pessoa..
Ele está de volta (2015). Escrito e Dirigido por David Wendt é um filme alemão com base no romance homônimo de Timur Vermes. Em 2014, Adolf Hitler acorda no terreno onde ficava seu antigo bunker em Berlim, sem saber o que aconteceu após o ano de 1945. Desabrigado e desamparado, Hitler interpreta tudo o que vê em 2014 a partir de uma perspetiva nazi e, apesar de toda a gente reconhecê-lo, ninguém acredita que ele é o próprio Hitler, e sim um comediante, ou um ator de método. Como resultado, os seus vídeos violentos tornam-se um enorme sucesso no YouTube, e Hitler alcança o estatuto de celebridade moderna como um artista, onde tira proveito da situação e usa a sua popularidade para voltar à política..
Eu, Daniel Blake (2016). Direção de Ken Loach trata da vida de um carpinteiro viúvo que luta para receber os benefícios concedidos pelo governo após sofrer um ataque cardíaco e que no processo conhece uma mãe solteira em situação semelhante..
Excelentíssimos (2018). Dirigido por Douglas Duarte é um registro a quente dos fatos, personagens e articulações por trás da maior crise política do país desde a redemocratização. Gravado dentro do Congresso ao longo dos meses em que corria o impeachment, o filme retrata quem, como e porque se derruba uma presidente..
L´Encerclement (2008). Escrito e Dirigido por Richard Brouillette Este documentário,a partir das reflexões e analyses de muitos intelectuais de renome, traça um retrato da ideologia neoliberal e examina os vários mecanismos usados para impor seus ditames em todo o mundo..
O poço (2019). Dirigido por Galder Gaztelu-Urrutia. Nesta prisão, a comida é distribuída de cima pra baixo. Quem está nos andares de cima come à vontade. Quem fica embaixo fica com as sobras ou com fome..
O que resta de junho (2016). "O que resta de junho" é um documentário que visa problematizar as chamadas Jornadas de Junho e refletir sobre o seu significado e efeitos nos múltiplos segmentos sociais envolvidos, desdobrando a sua constituição como acontecimento a partir de entrevistas com alguns dos principais personagens das jornadas e pesquisadores sobre o tema, no Rio de Janeiro e em São Paulo, e das imagens que restaram dessas que foram as maiores manifestações políticas e sociais que o Brasil já viveu em sua história..
Privatizações: a distopia do capital (2014). Dirigido por Silvio Tendler o documentário está voltado a denunciar a quebradeira do Estado nos anos 1990. O documentário mostra de que forma o Brasil perdeu elementos fundamentais da sua soberania ao transferir para o setor privado internacional uma parte essencial e simbólica do patrimônio coletivo brasileiro. O filme relembra o papel ativo do Estado no processo de industrialização do país, investindo em obras de infraestrutura, e o surgimento do neoliberalismo nos anos 1980, com duras críticas ao Estado desenvolvimentista e uma propaganda feroz sobre as vantagens do mercado. Privatizações indica que o programa de desestatização não configurou um Estado mínimo ou ausente, mas submetido às exigências do mercado e redefinido em função do processo de acumulação do capital. Dentro dessa lógica, moradia, transporte, educação e saúde são tratados como mercadoria em uma engrenagem onde o beneficiário é o sistema financeiro..
Você não estava aqui (2019). Dirigido por Ken Loach o filme aborda a realidade de Ricky um ex-operário que agora se vê trabalhando como motorista de entregas via aplicativo, assumindo uma visão de trabalho “autônomo”, na lógica do discurso liberal de ser o próprio patrão. A trama, entretanto, nos mostra que na realidade não é bem assim. Na tentativa de buscar um futuro melhor, as personagens adultas acabam construindo um drama onde o conflito está entre esse futuro nebuloso e um retorno ao que era antes, tão desejado pelas personagens adolescentes, mas que em síntese o diretor nos aponta que esse retorno é impossível diante do que o capitalismo nos apresenta em seu cotidiano bárbaro..
13ª emenda. Sinopse: Documentário que discute a décima terceira emenda à Constituição dos Estados Unidos - "Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado" - e seu terrível impacto na vida dos afro-americanos..
Elysium. Sinopse: Em 2159, o mundo é dividido entre dois grupos: o primeiro, riquíssimo, mora na estação espacial Elysium, enquanto o segundo, pobre, vive na Terra, repleta de pessoas e em grande decadência. Por um lado, a secretária do governo Rhodes (Jodie Foster) faz de tudo para preservar o estilo de vida luxuoso de Elysium, por outro, um pobre cidadão da Terra (Matt Damon) tenta um plano ousado para trazer de volta a igualdade entre as pessoas..
O conto da aia. A história acompanha a vida de Offred (Elisabeth Moss), uma criada na casa do líder da República de Gilead. Esta é uma sociedade totalitária onde a alfabetização foi proibida para mulheres. Ela surgiu com a catástrofe ambiental e com o avanço da baixa natalidade. Tendo como base o fundamentalismo religioso, esta sociedade trata as mulheres como propriedades do estado. Offred é uma das últimas mulheres férteis, o que a leva ser utilizada como escrava sexual com o objetivo de ajudar a repopular o planeta devastado..
Pose. Nova Iorque, 1986. As pessoas experimentam um estilo de vida nunca visto antes na história da cidade, onde se começa a instaurar a ascensão da cultura de luxo. Paradoxalmente, esta parte da sociedade que vivencia o aumento do consumo e de privilégios entra em conflito com outro segmento, que enfrenta o declínio da literatura na região..
3%. Em um futuro pós-apocalíptico não muito distante, o planeta é um lugar devastado. O Continente é uma região do Brasil miserável, decadente e escassa de recursos. Aos 20 anos de idade, todo cidadão recebe a chance de passar pelo Processo, uma rigorosa seleção de provas físicas, morais e psicológicas que oferece a chance de ascender ao Mar Alto, uma região onde tudo é abundante e as oportunidades de vida são extensas. Entretanto, somente 3% dos inscritos chegarão até lá..
Olhos que condenam. Cinco jovens negros do Harlem foram injustamente acusados de estuprarem uma mulher no Central Park. Eles só foram inocentados em 2014, depois que evidências de DNA comprovaram que o grupo não estava conectado ao brutal crime contra Trisha Meili..

Referência Bibliográfica Básica

Modelo de ajuste nos governos petistas em meio à ideologia da conciliação de classes

CARVALHO, Alba Maria Pinho de Carvalho e JUNIOR, Natan dos Santos Rodrigues (2019). Modelo de ajuste nos governos petistas em meio à ideologia da conciliação de classes: chão histórico do Golpe de 2016 no Brasil Contemporâneo. Revista EM PAUTA, Rio de Janeiro 2o Semestre, n. 44, v. 17, (p. 274 – 291).

Ir para o link
Capitalismo dependente e cultura autocrática

MARQUES, Morena Gomes (2018). Capitalismo dependente e cultura autocrática: contribuições para entender o Brasil contemporâneo. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 21, n. 1, jan./abr. (p. 137-146).

Ir para o link
Coronavírus, Bolsonaro e os rumos do Brasil

Coronavírus, Bolsonaro e os rumos do Brasil. Disponível em https://youtu.be/wyfCQ0YR3Fg

Ir para o link

Referência Bibliográfica Complementar Disponível

Democracia blindada, contrarreformas e luta de classes no Brasil contemporâneo. DURIGUETTO, Maria Lúcia e DEMIER, Felipe (2017). Democracia blindada, contrarreformas e luta de classes no Brasil contemporâneo. Revista Argumentum. Vitória, v. 9, n. 2, maio/ago (p.8-19)..
Repressão e criminalização das lutas sociais no Brasil em tempos de recrudescimento do conservadorismo. FRANCELINO, Sâmbara Paula (2017). Repressão e criminalização das lutas sociais no Brasil em tempos de recrudescimento do conservadorismo. Revista Argumentum. Vitória, v. 9, n. 2, maio/ago (p.30-37)..
A disputa da narrativa conservadora na reforma trabalhista. MAIOR, Nívea Maria Santos Souto (2019). A disputa da narrativa conservadora na reforma trabalhista. Revista Ser Social. v. 21, n. 45, Brasilia, julho a dezembro (p.321-337).
A constituição histórico-ontológica da ética e dos direitos humanos. NETO, Artur Bispo dos Santos (2011). A constituição histórico-ontológica da ética e dos direitos humanos. Revista Katálysis, v. 14, n. 2, jul./dez. 2011, (p. 172-181).

Referência Bibliográfica Complementar para Aquisição

O ódio como política. SOLANO, Ester (2018). O ódio como política. A reinvenção das direitas no Brasil. São Paulo: Boitempo..
capitalismo tardio e o(s) fim(ns) do sono. CRARY, Jonathan. (2014) 24/7 – capitalismo tardio e o(s) fim(ns) do sono. São Paulo: Cosac Naify. Tradução Joaquim Toledo Junior..
A montanha que devemos conquistar. MÉSZÁROS, István. (2015) A montanha que devemos conquistar. São Paulo: Boitempo.
O universalismo europeu. WALLERSTEIN, Imannuel (2006) O universalismo europeu: a retórica do poder. São Paulo: Boitempo..
O neofascismo no poder. Rio de Janeiro. CISLAGHI, Juliana; DEMIER, Felipe. (2019). (Org.). O neofascismo no poder. Rio de Janeiro: Consequência..
Onda conservadora, crise orgânica e cesarismo de Toga no Brasil. DEMIER, Felipe e MELO, Demian. Onda conservadora, crise orgânica e cesarismo de Toga no Brasil. IN: BOSCHETTI, Ivanete, BEHRING, Elaine, LIMA, Rita de Lourdes. Marxismo, política social e direitos. São Paulo: Cortez..
Sobre el fascismo. México. GRAMSCI, A. (1979) Sobre el fascismo. México: Palos..
Introdução ao fascismo. KONDER, Leandro. Introdução ao fascismo. (2009 – 2ª edição). São Paulo: Expressão Popular..
Sobre o Fascismo. MANDEL, Ernest. (1976) Sobre o Fascismo. Lisboa: Antídoto..
Revisitando o fascismo: o revisionismo e a relativização do conservadorismo. POGGI, TATIANA. (2017) Revisitando o fascismo: o revisionismo e a relativização do conservadorismo. In: SENA JUNIOR, Carlos Zacarias; MELO, Demian Bezerra; CALIL, Gilberto Grassi. (Org.). Contribuição à crítica da historiografia revisionista. 1ed. Rio de Janeiro: Consequência. (p. 193-224).
Tempos de Desencanto. POGGI, Tatiana. (2016). Tempos de Desencanto: as raízes profundas do ódio e da violência no tempo presente. In: ALMEIDA, Juniele; SCHITTINO, Renata; POGGI, Tatiana. (Org.). Política e Violência: desafios contemporâneos. 1ed. Curitiba: Prismas..
Estarão as prisões obsoletas?. DAVIS, Angela. (2018). Estarão as prisões obsoletas? Rio de Janeiro: Difel..
Depois do golpe. DEMIER, Felipe. (2017)Depois do golpe. A dialética da democracia blindada no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad..
Em nome de quem?. DIP, Andrea. (2018). Em nome de quem? A bancada evangélica e seu projeto de poder. São Paulo: Civilização brasileira..
Neofascimo, violência e coerção. POGGI, Tatiana. (2013). Neofascimo, violência e coerção: a outra face da democracia e da sociedade civil. In: ANDRADE, Dilma; MENDONÇA, Sonia. (Org.). Sociedade Civil: ensaios históricos. 1ed.Jundiaí: Paco Editorial..
Margaret. O conto da aia. ATWOOD, Margaret. O conto da aia (The handmaid´s tale). Rio de Janeiro: Rocco, 2017..
Os testamentos. ATWOOD, Margaret. Os testamentos (sequência de O conto da aia). Rio de Janeiro: Rocco, 2019..

Poesias de Referência

CONVOCAÇÃO

Convoco Hipácia,

Aqualtune, Zacimba,

Dandara, Luiza Mahim,

Tereza de Benguela, Carolina de Jesus,

Clara, Rosa Luxemburgo, Simone de Beauvoir,

Laudelina,Olga, Nísia Floresta, Margarida, Marielle....

Convoco a história, a ciência, a poesia,

a prosa de todas nós.

Índias, negras, brancas, mães,

lésbicas, Cis, avós, todas as trabalhadoras.

Chamem todas!

Assistentes sociais, professoras, poetas, advogadas,

operárias, desempregadas, sem terras, ribeirinhas.

Convocamos nossas ancestrais!

Convocamos todas as mulheres do campo e da cidade,

saiam agora de suas clausuras,

das suas opressões e 'fantasias" que ameaçam...

É hora de ir à forra, destruam todas as senzalas, queimem

as burcas, cuspam o silêncio das suas bocas. Esta é a hora

de incomodar.

Mana, você não está sozinha. O medo já não nos assusta,

porque somos tantas vozes para gritar,

Porque somos todas as vítimas de um sistema heteropatriarcal-

racista-capitalista que nos explora, aniquila.

Não vamos admitir mais grilhões, feridas, donos, senhores, mordaças. "Nosso

afeto, nosso corpo, nossos sonhos, nossas vidas nos pertencem" Hoje somos

todas! Somos eu, você, nosso canto, nossa luta.

Hoje não queremos sua flor de plástico inexata,

Queremos respeito,

Justiça, o direito à aposentadoria com dignidade, Queremos

o nosso lugar, que é onde desejarmos estar e não este que

inventaram e impuseram para nós, com entrada e saída

para porta dos fundos, para o porão da história.

Parem de nos definir,

Deixem o meu cabelo assim,

O meu vestido curto,

O meu batom vermelho,

Quero dançar... Sorrir, amar quem eu quiser.

Parem de me enquadrar, violentar, ferir.

PAREM DE NOS MATAR!!!

Vamos viver mulheres!!!

E num levante feminista revolveremos

o Estado latente de misoginia, machismo, racismo,

hipocrisia, lgbtfobia que se enraizou aqui. Saibam

vocês, senhores do ódio,

Que nascemos do germe da RESISTÊNCIA.

Faz séculos que infringimos regras,

as Leis infames que nos cercam e aprisionam.

Há tempos levantamos voos ousados,

mesmo ardendo sob suas fogueiras inquisidoras e patriarcais.

Venham! Acertem o passo, respirem fundo, "ninguém larga mão de ninguém"...

Agora é hora de recomeçar, renascer, quantas vezes for necessário, juntar

nossos cacos de tantas batalhas, secar todos os prantos,

Lutar por todas as Marias, viver por cada Marielle!

A coragem vai nos contagiando, vai fechando cicatrizes, vai nos erguendo.

E na força de cada mulher,

realizaremos a nossa marcha histórica!!!

Andréa Lima

Lives

Sobre o fascismo.
Sobre o Brasil em tempos de pandemia.